O Instagram surgiu em 2010 como uma rede de compartilhamento de fotos. Em nosso “feed”, tínhamos acesso aos conteúdos postados pelas pessoas que seguíamos, em ordem cronológica.
Com o avanço do marketing digital e o uso da plataforma como ferramenta de trabalho, a rede social passou por diversas mudanças e atualizações.
Com o passar do tempo, outros aplicativos de compartilhamento e redes sociais surgiram, como é o caso do Vine, Snapchat, Kwai, entre outros, mas nenhum conseguiu disputar a preferência do público como a chegada do TikTok em 2016.
AS GRANDES MUDANÇAS NO INSTAGRAM
O TikTok, popularmente chamado no Instagram como a “rede vizinha”, é uma plataforma de compartilhamento de vídeos em “timeline” com rolagem infinita. A rede não prioriza entrega cronológica e conta com duas principais abas: “para você”, com entrega baseada em algoritmo e ‘seguindo’, com entrega das contas que você segue.
A rede chinesa rapidamente conquistou milhares de adeptos, deixando assim os CEOs do Instagram atentos às novas preferências do público.
As principais mudanças foram: a criação de uma aba específica para vídeos, o Reels e o uso do modelo de “descoberta social”, onde os usuários passaram a receber conteúdos de pessoas que eles não seguem, o que deu início ao processo de “viralização” dentro da plataforma. Contudo, para quem usa o Instagram como ferramenta de trabalho, a principal mudança foi aquela que abriu espaço e mudou a forma como enxergamos o “engajamento”.
No ano de 2022, a plataforma norte-americana, a fim de concorrer e se manter no topo da preferência dos usuários passou a priorizar apenas a entrega de vídeos (os reels), vinculado ao sistema de “descoberta social”. Mudança essa que agradou muito a empresas e criadores de conteúdo, mas desagradou muitos usuários que queriam usar a rede apenas como uma forma de compartilhar sua vida e ter acesso aos compartilhamentos das pessoas que escolheu acompanhar.
VOLTARAM A TRÁS?
No início de 2023, o TikTok assumiu a liderança como rede social mais valiosa, mostrando que os esforços do Instagram não foram tão significativos assim.
Adam Mosseri, “head” do Instagram, admitiu, no início de fevereiro deste ano, em um bate papo com seus seguidores através dos “stories”, que a rede social focou demais na entrega dos vídeos em 2022 e que pretende voltar atrás e priorizar a entrega de fotos em 2023.
“Acho que estávamos focados demais no vídeo em 2022 e levamos essa classificação longe demais e basicamente mostramos muitos vídeos e poucas fotos.”
O empresário ainda afirmou que estão trabalhando em uma abordagem mais equilibrada de entrega.
“Coisas como quantas vezes alguém curte fotos versus vídeos e quantas vezes alguém comenta em fotos versus vídeos são aproximadamente iguais, o que é um bom sinal de que as coisas estão equilibradas. Conforme existirem mais vídeos no Instagram, será porque é isso que está gerando mais engajamento geral. Mas as fotos sempre serão uma parte importante do que fazemos.”
Então, o que podemos esperar em 2023?
Vale ressaltar que essa decisão do Instagram pode não ser apenas por reclamação dos seus usuários. Em 2022, o aplicativo BeReal, que funciona de compartilhamento de fotos em tempo real, ganhou muita notoriedade, principalmente fora do Brasil.
O fato é: ainda não temos uma resposta concreta de como o Instagram conduzirá o seu funcionamento, nos resta acompanhar e adaptar nosso conteúdo, trabalho e rede social de acordo com e quando as mudanças acontecerem.